03 dezembro, 2006

ORIZEIN/HORIZN/KUKLOS

Segundo alguns teóricos Deus concedeu ao homem horizontes ilimitados para que ele pudesse dar forma e reformar seu próprio mundo.
ORIZEIN/HORIZN/KUKLOS, do Grego, significa instalar, estabelecer ou demonstrar algo através de um signo. Significa, também, limitar; uma linha que separa a terra do céu.
Mais precisamente, é a linha que divide todas as direções possíveis de serem vistas. Algumas intersectam a Terra, outras, não. Isso desmistifica a forma geral de horizonte, ou linha do horizonte, sempre dividindo dois espaços, conhecido como Horizonte Visível.
Historicamente, o horizonte visível tem sido de extrema significância, pois ele representava as mais variadas formas de COMUNICAÇÃO antes do desenvolvimento de equipamentos, como radio e telégrafo. Muitas regras ainda o utilizam com este propósito, especialmente nos casos de aeronaves, onde pilotos baseiam-se nessa linha visível.
Todavia, essa concepção no seu conceito e contexto tradicional [limite entre céu e terra e o uso da perspectiva] passou a ser desconstruida por artistas, no século XX, a exemplo de Kazimir Malevich, Georgia O'Keefe e os Expressionistas Abstratos, sobretudo Jackson Pollock. Ao incluírem essas noções de Paisagens Aéreas, as pinturas possibilitaram uma forma de olhar para baixo, opostamente do olhar tradicional através de uma visão de ângulo oblíquo, uma espacialidade vista de todos os ângulos, sem limites.
Esse tipo de Paisagem foi um dos mais importantes paradigmas do século XX e atribui-se a Nadar [1820-1910 - Pseudónimo de Gaspard-Félix Tournachon], que, em 1858, foi um dos primeiros a fotografar paisagens aéreas.

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